"A ânsia de ter e o tédio de possuir"
Como essa frase resume as experiências humanas?
Não sei se já perceberam, mas sou apaixonada por filosofia. Debater sobre a existência humana e filosofar são, sem dúvida, alguns dos meus assuntos favoritos para conversar com alguém.
Veja, sempre que encerro meus textos, digo "Vivaz e Amor Fati". "Vivaz" remete à vida, à longevidade e à energia. Já "Amor Fati", uma expressão de Nietzsche, significa "amor ao destino", a aceitação de tudo o que acontece em nossas vidas. É entender que cada experiência, boa ou ruim, molda quem somos.Inclusive, o nome do meu Substack, "Assim Falou Anna", é uma referência direta ao livro mais famoso de Nietzsche, "Assim Falou Zaratustra". E se você já leu meus textos, deve ter percebido quantas influências dele já apareceram por aqui.
Acho que não preciso nem dizer que Nietzsche é meu filósofo favorito, né? Mas e aí, você sabe qual é a frase mais triste da filosofia?
“A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir”
Certa vez, Arthur Schopenhauer disse “A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir”, ou mais conhecida como “A ânsia de ter e o tédio de possuir”. A partir daí, Schopenhauer - ou Chô Chô para os mais íntimos - definiu, na filosofia, a frase mais triste de todas.
Aplicando isso na realidade
Agora, parando para pensar, essa frase resume muita coisa na vida, principalmente nos relacionamentos. A gente se fascina por alguém difícil de conquistar, alguém misterioso, que nos instiga. Mas assim que recebemos uma pontinha de reciprocidade, o encanto se perde. A relação se torna tediosa
E eu não te culpo por isso. Até porque usei os verbos no plural, né? Ou seja, também me incluo nisso.
Eu gosto de pessoas e experiências que me desafiem, que me façam pensar nelas. E, por muitas vezes, evito esse tipo de sentimento, porque sei que pode virar uma paixão. E eu não lido muito bem com paixões. Gosto da ideia de olhar para alguém e saber que há algo a ser descoberto uma pessoa que há camadas, e quando mais a descubro, mais quero descobrir.
Acredito que isso seja normal de qualquer ser humano (ou pelo menos, espero, senão vou me sentir meio estranha por dizer tudo isso). Mas sei que, quando essa obsessão passa, surge um grande vazio. E eu realmente não sei lidar com isso. Me sinto mal por gastar tanta energia em algo que queria tanto e, no fim, sentir tudo perder a graça. Apesar dessa oscilação nos empurrar para coisas novas e melhores, também nos frustra e desgasta.
Então, quando percebo que estou empolgada demais com algo ou alguém, tento me segurar. Porque, se tudo acontece rápido demais, o tédio chega na mesma velocidade.
E muitas vezes,
Por medo do final, evito o início…
Por medo do final, evito o início…
Po med d fina , vito o nício.
~ Vivaz e Amor Fati.